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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Guy Fawkes - a Máscara dos Protestos

Guy Fawkes, foi soldado inglês católico de 13/04/1570 a 31/01/1606
Guy Fawkes é uma presença dominante nos protestos por todo mundo. A estilizada máscara foi popularizada pelo filme V de Vingança, que reabilitou o traidor católico em defensor da liberdade.

Algumas pessoas usam a máscara por moda, outras sabem o que ela representa. "Eu tenho-a para mostrar o meu apoio à mensagem contra a tirania e fazer parte deste movimento global de contestação e de cidadania".
É uma cara diabólica: o sorriso de malícia, e os bigodes fininhos pretos revirados para cima mais a pêra minúscula no queixo, num rosto sinistramente pálido - a cara de Guy Fawkes, católico britânico levado à forca pela traição do 5 de Novembro, tornou-se num símbolo dos grupos anticapitalistas, anticorrupção....,  que a usam como máscara nos protestos pelo mundo inteiro. 

A "carreira" revolucionária da máscara foi iniciada pelo grupo de hackerativistas Anonymous, que a assumiram como "cara pública" em 2008, numa manifestação de rua contra a Igreja da Cientologia nos Estados Unidos. Esta máscara, popularizada dois anos antes com o filme V de Vingança, deu resposta à necessidade dos membros do grupo de proteger as suas identidades e, ao mesmo tempo, simbolizar a defesa pelos direitos individuais.

A história do protagonista do filme - adaptada para o cinema pelos irmãos Wachowski a partir dos livros de Alan Moore e David Lloyd -, afinal, é a de um homem contra o sistema, um misterioso herói que luta contra um regime fascista e consegue, onde Fawkes falhou, rebentar com o Parlamento britânico. No final, uma multidão com máscaras do rebelde assiste ao espectáculo do edifício a arder.

A cara da "traição"
Mas esta não foi sempre a imagem de Fawkes. Ao longo de gerações, os britânicos assinalam o 5 de Novembro como o dia em que um traidor foi apanhado com quilos de explosivos nas caves do Parlamento. Desde então são acesas fogueiras, lançado fogo-de-artifício e queimadas efígies do rebelde católico, num aviso a quaisquer aspirantes a cometer traição: que se lembrem, lembrem-se, do 5 de Novembro de 1605.

Fawkes e cúmplices na Conspiração da Pólvora foram presos e torturados ao longo de quatro dias na Torre de Londres, julgados e condenados à morte por enforcamento, seguida de arrastamento dos cadáveres pelas ruas e esquartejamento dos corpos.
                   
Ficou para a história que o "bicho papão" do Reino Unido, por sorte ou ajuda (as teses divergem), não morreu na forca: tropeçou ao subir para o cadafalso e partiu o pescoço na queda. Numa coisa os historiadores concordam: Guy Fawkes não era um combatente contra o sistema, antes um arreigado monárquico que apenas queria ver o rei protestante substituído por um católico.

Reabilitado pelos comics
A transformação de Fawkes no atual ícone da liberdade individual e da democracia, e já desprovido da mensagem religiosa, foi feita pelo ilustrador David Lloyd nas series gráficas V de Vingança. Foi ele que criou a imagem original da máscara para ser usada pelo protagonista da história escrita por Alan Moore.

Célebres frases do filme V de Vingança: 
Os artistas usam a mentira para revelar a verdade, enquanto os políticos usam a mentira para esconde-la.
 Por baixo dessa carne existe um ideal, e as ideias nunca morrem...
O povo não deve temer seu estado. O estado deve temer seu povo.

A "cara de Fawkes" é desde o filme V de Vingança propriedade da Time Warner, multinacional que é uma das 100 maiores empresas dos Estados Unidos, que ganha milhões de dólares, por cada máscara vendida. Com algumas informações do publico.
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