terça-feira, 25 de setembro de 2012

Deus

Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a mente ou razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, imutável, omnisciente, omnipotente  tudo permeia e tudo controla; é justo, santo, sábio e bom; o absolutamente perfeito, o começo de toda a verdade, a fonte de toda a lei e justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa de todo o bem.
Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em Seu Ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.

Deus é espírito ( Jo 4.24)
Esta declaração significa: Deus é imaterial, completamente distinto de qualquer ser biológico, sem corpo físico; não se funde e nem se confunde com a natureza. Nenhum ícone retirado da ordem natural pode representar a divindade, que pertence a outro universo além, acima e incomparavelmente diverso do nosso. O Deus transcendente, no entanto, se fez imanente, penetrou o material ao encarnar-se em Cristo Jesus pelo qual ingressou objetiva e definitivamente na humanidade. Deus em Cristo revelou-se plenamente e, embora tenha se tornado verdadeiramente homem, não deixou de ser verdadeiramente Deus, conservando a plena e natural espiritualidade. A espiritualidade do regenerado é procedente, por derivação, do Regenerador, fonte e origem do espiritual. Deus é Espírito vivificante. O homem redimido é espírito vivificado. A diferença, pois, entre a criatura e o Criador ou entre o salvo e o Salvador é imensurável. O contacto entre Deus, um ser genuinamente  espiritual, e o homem, espiritualizado por criação e por regeneração, dar-se-á sempre por iniciativa divina, que se efetiva concretamente pela encarnação do Filho  e pela  palavra das Escrituras  e pelo testemunho interno do  Espírito Santo.

Deus é amor, e seu amor é bem diferente do amor humano. O amor de Deus é incondicional e não baseia-se em sentimentos e emoções. Ele não nos ama por sermos amáveis ou por fazermos Ele se sentir bem; Ele nos ama porque Deus é amor. Ele nos criou para ter um relacionamento de amor com Ele, por isso sacrificou Seu único Filho (que morreu por nós de bom grado) para restaurar esse relacionamento.


Deus é infinito e eterno (Jo.4:24; Ne.9:6; Ap.l:8; Is.48:12; Ap.1:17) 
Deus é soberanamente ilimitado em seu amor, poder, majestade, sabedoria, santidade, justiça e verdade. Todos os seus juízos, atos e determinações são absolutamente perfeitos. Tudo que ele é e faz depende exclusivamente de si mesmo. É auto-existente. Não se limita ao tempo e ao espaço, pois é de natureza eterna, vive num universo ilimitado e atemporal. Todos os demais seres, espirituais e materiais, foram criados por ele. A eternidade, portanto, é um atributo de Deus e uma concessão ou dádiva de seu beneplácito a anjos e homens. A nossa limitação e finitude não nos permitem entender a infinitude de Deus. Ele, porém, não teve princípio e não terá fim, Criador não criado. Revela-se a nós, míseros mortais, na medida da nossa finitude, segundo a fé que nos concede e conforme a nossa necessidade. Não precisamos e não devemos saber mais do que nos foi revelado a seu respeito no actual estágio de nosso existência.

Deus é imutável (Salmos 18:2,31,46)
a) Em Seu Ser: Deus é absolutamente perfeito. O absoluto em perfeição não tem como mudar nem para melhor e nem para pior. Não se pode falar de mutabilidade, instabilidade ou variabilidade do ser divino. Também não se há de mencionar o seu "perfeccionismo". Ele não é um artista, que luta para realizar o melhor possível, o que mais se aproxime da realidade e da idealidade. É um ser completamente perfeito e bom; eis porque somente cria seres e coisas perfeitas e boas. O ser de Deus não muda, pois não se pode aperfeiçoar a perfeição absoluta. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. O ser humano muda,  passando por fases biológicas, psicológicas, sentimentais e mentais do nascimento à morte. A nossa mutabilidade, temporalidade e fragilidade dificultam o nosso entendimento de um ser imutável, perfeito, não sujeito às transformações próprios dos seres naturais e morais.

b) Em Sua sabedoria: A nossa sabedoria, sendo restrita e contingencial, pode ser aperfeiçoada, adequada às circunstâncias, modificada por novas informações e aprofundada por técnicas atuais e atualizantes. Deus, entretanto, é onisciente, sabe todos as coisas no campo físico, matemático, filosófico, sociológico, psicológico, antropológico, astronáutico, teológico e outros. Deus não é simples depositário ou arquivo de informações à semelhança de uma enciclopédia geral; ele é a própria sabedoria, a fonte original de toda inteligência, de toda ciência, de toda inventividade, de toda criatividade, de todas as artes. A sua onisciência vai muito além do que nos é permitido saber por conhecimento empírico e por revelação. A nossa mente capta o mínimo das leis, dos fatos e dos fenômenos naturais; do insondável universo espiritual Deus nos revela apenas o suficiente à nossa redenção e conduta.

c) Em Seu poder: Os homens podem ser investidos de algum tipo de poder, exercerem alguma autoridade delegada, mas Deus é poderoso não por investidura ou por delegação, mas por auto-afirmação e por sua própria natureza. Poder não lhe é um título, mas um atributo. Ele é o poder dos poderes.

d) Em Seus atributos morais: Santidade, justiça, bondade e verdade. Deus não é Santo por santificação, à semelhança do homem. Sua santidade é componente atributivo e constitutivo de seu ser em grau absoluto. O mesmo se pode dizer de sua justiça. A bondade de Deus não é passional; é expressão de seu ser, essencialmente bom. Nele não há conflito entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto, entre o amor e o ódio. Deus é o bem na expressão exacta e final do termo. Deus é a verdade; o Diabo é a mentira. Conhecer e receber  Deus na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, é conhecer e receber a verdade.

Deus é luz (Jo 1,5-6)
Deus é luz: Em Deus, não há treva alguma. Se afirmamos que temos comunhão com Ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado. Pois Deus nos faz andar na verdade, Ele nos traz para fora, nada fica oculto, nossas máscaras caem. Esse é o esplendor de Sua Luz, a Verdade.
Quem anda na luz não mente, reconhe suas limitações e pecados, e é sempre verdadeiro. Os filhos das trevas possuem “mil facetas”, os filhos da Luz possuem somente uma, e esta reflete o brilho da luz de Jesus Cristo.

Em suma, Deus é a unidade de todas as formas; é o princípio de toda beleza. A unidade é a forma da beleza e Deus é a unidade de todas as formas. Todas as idéias, todas as essências ou poderes ou princípios das coisas, estão na mente de Deus. As coisas individuais existem e voltam para Deus.
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